segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Segundo dia na Praça de Maio!

Depois de comprarmos a câmera e almoçarmos no Shopping Alto Palermo, partimos novamente para a "Plaza de Mayo" já que - como já comentado - não tínhamos registrada a Praça em fotos no primeiro dia que fomos lá

Pegamos um metrô e descemos na Estação Catedral, que é apenas uma entre tantas outras inúmeras estações que dão acesso a uma das mais importantes praças de Buenos Aires


Entrada de um metrô na Praça de Maio

Chegando à Praça ainda faltava bastante tempo para que se desse a início a cerimônia de recolhimento da bandeira e ao momento em que a Casa Rosada ficava aberta ao público, que ocorria logo após a cerimônia. Aproveitamos o tempo livre para visitarmos uma igreja histórica próxima à praça - a Igreja Catedral - mas infelizmente não era permitido tirarmos foto lá dentro. Em seguida uma missa começou a ser rezada, meu pai - que estava cansado - ficou sentado lá escutando uma agradável e compreensível missa em espanhol (inclusive comentou que a pronúncia do padre era horrível auhauahu), enquanto eu voltei para a Praça de Maio e fiquei "brincando" de tirar foto para passar o tempo, como se pode ver nas fotos abaixo heheh

Criança argentina brincando com os pombos:


Nunca vi um local tão cheio de pombos como essa Praça de Maio, era pombo em todos os cantos rs:


Mãe e filha alimentando pombos em frente a Casa Rosada:


Essa foto ficou legal, a garota alimentando o pombo na mão com a Casa Rosada ao fundo:


Não só de pombos vive a Praça de Maio, né? heheh

Como já falado em um post passado, a Praça de Maio é um dos principais lugares dos mais diversos tipos de protestos que ocorre na Argentina e eu tive a sorte de está presente no dia de uma dessas manifestações

Chegando na Praça de Maio eu fui surpreendido por ela está cheia de bandeiras e faixas com as cores branca e azul do país do tango, era o dia do Veterano de Guerra (8 de fevereiro), uma homenagem aos militares argentinos!

Uma manifestação de patriotismo por parte dos militares nesse dia seria algo completamente normal e aceitável, porém o que podia ser visto na Praça naquele dia ia muito além disso: os militares acampavam no meio da Praça e o assentamento era feito de forma bem bizarra, de improviso como se eles ainda tivessem no meio de um conflito militar.

Para completar a bizarrice da cena, eles espalhavam várias faixas pela praça para protestar (pasmem!) contra a Guerra das Malvinas! Não sei se ainda hoje existem americanos que ainda fazem fervorosos protestos pela Guerra do Vietnã (heheh), mas era engraçado ver aqueles militares lá com cartazes de "O sangue derramado jamais será negociado" ou "As Malvinas são e serão argentinas" como se a guerra ainda estivesse em curso...

O pior de tudo não é nem a caduquice daqueles militares, é saber que em pleno século XXI ainda existe alguém da valor a uma dais mais curtas, sangrentas e desnecessária guerra que aconteceu no século XX, promovida de forma artificial por uma ditadura militar numa tentativa imbecil e desesperada de recuperar sua decadente imagem perante a população

Fotos dos cartazes espalhados pela praça:


"As Malvinas são e serão argentinas"
"O sangue derramado jamais será negociado (pela honra de nossos irmãos mortos nas ilhas, no oceano e no continente)"



"Memoria, justiça, sin olvido (Memória, justiça, sem esquecimento) "

Nessa foto dá uma para ter uma bela visão do acampamento improvisado no meio da Praça (observe o tiozão falando ao telefone heheh):


Outra foto do acampamento mostrando as faixas na lateral:


Adentrando o acampamento para tirar uma fotinha (heheh):


Uma última foto, parte de trás do acampamento:

"Acampamento da Praça de Maio. Veteranos de Guerra NÃO reconhecidos"

Apesar de eu está sozinho passeando pela praça (enquanto meu pai descansava na igreja), eu apareço em algumas fotos... adivinha quem tirou a quinta foto da sequência acima?

A Cristina? O Maradona? Não, não... chegou perto... ninguém menos que a Polícia Federal! Uhuhauha, pode parecer uma piada sem graça e sem contexto, por isso que garanto que não é uma piada... estou falando sério, enquanto a Polícia Federal aqui no Brasil tem todo aquele status e aquela aura de salvadores da pátria, a polícia federal na Argentina mais parece com... com... uma piada! Isso mesmo, a começar pelo uniforme que mais parece de um operário de chão de fábrica... eu humildemente pedi para o cidadão bater uma foto e - sem saber que era um agente da polícia federal em seu traje de serviço - eu fiquei com pena do coitado e até cogitei ensiná-lo a usar a câmera pensando que era um pobre peão :( rsrsrs... tudo bem admito, essa última foi piada heheh...

Vou guardar para o próximo post uma foto do cidadão para o leitor saber do que estou falando... enquanto até o taxistas de Buenos Aires parecem respeitáveis agentes da polícia quando estão em seu carro (clique), o pobre do cidadão que é nada mais que agente da polícia federal nem policial parece, se assemelha mais a um guardinha de rua heheh :D

Mudando de assunto, depois de horas batendo fotos na Praça (e depois de ter feito um policial federal de fotógrafo) aproximava-se o horário da Cerimônia da Bandeira. Abandonei meu passatempo e corri para Igreja para chamar o meu pai, quando retornamos à praça a cerimônia já estava a alguns minutos de seu início

Não vou falar neste post como ocorre essa teatral cerimônia, porque já a descrevi detalhadamente no post "Primeiro dia na Praça de Maio" (clique!) . Após as belas encenações da solenidade de recolhimento da Bandeira Argentina, pudemos fazer uma visita guiada à Casa Rosada... o que já é assunto de um próximo post!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Segundo dia de viagem! (Shopping Alto Palermo)

Domingo era nosso segundo dia de viagem em Buenos Aires e a primeira vez em que nós acordávamos no Hostal de la Boca



Uma coisa é certa: não se deve esperar muito de um café da manhã em um albergue! No máximo um pão e um café! E torcer para que tenha um pouco manteiga para por no pão e pouco de leite para misturar com o café...

Mas quando chegamos na cozinha, nem café, nem pão! Como já falei uma vez, o albergue inteiro (que era relativamente grande) tinha um único funcionário (o Damián) e acho que não era sensato esperar que além de tomar conta da correria do dia-a-dia do albergue, ele ainda fosse se preocupar em nos servir café, pãozinho e uma geléia de morango para acompanhar, né?

Pois é, a cozinha era uma pequena mesa, armários para dispensa e uma geladeira, quem quiser que comprasse e cozinhasse... como nós não tínhamos nada comprado, tomamos nosso café-da-manhã "en la panaderia vecina a lo hostel" (na padaria vizinha ao albergue)

Depois do café, retornaríamos ao Shopping Alto Palermo já que necessitávamos comprar a câmera. Na noite anterior, apesar do equívoco do shopping fechado, já tínhamos escolhidos na vitrine a câmera digital a qual nós compraríamos no dia seguinte. Pegamos um ônibus e novamente descemos longe do nosso destino (não sei se foi por equívoco novamente rs) e mais uma vez tivemos que pegar um taxi para ir ao "Alto Palermo"

Uma vez no Shopping Alto Palermo, compramos uma câmera digital (já que a nossa havia ficado por engano no Brasil). Ufa, finalmente podíamos nos sentir um turista menos incompleto, porque fazer uma viagem e não ter câmera para registrar é como querer escutar música e ser surdo!

Finalmente estávamos livre para tirar fotos! Isso era algo tão importante que chegamos a considerar o nosso primeiro dia de viagem como perdido - visto que havia sido improdutivo porque não havíamos registrado nada. Por isso decidimos que nosso segundo dia seria nada mais que uma repetição do primeiro (só que com fotos): logo, mais tarde retornaríamos a Praça de Maio!

Além da câmera, compramos no "Alto Palermo" outra coisa que nos seria bastante útil durante a viagem: uma caneta (você nunca sabe quando vai precisar, por isso carregue uma! hehehe) e um dicionário "português-espanhol" - esse pode parecer supérfluo para duas línguas tão parecidas, mas é muito importante e cômodo carregar um pequeno dicionário de bolso: ele nos foi muito útil em diversas situações, sem ele seria bem mais complicado entender o que é "pollo" (frango) ou pedir uma "gaseosa" (refrigerante)... o que complicaria ainda mais nossa atrapalhada situação ao fazer um pedido na lanchonete hehehe.

Mas lanchonete é coisa de americano, os argentinos - que são muito parecidos com nossos amiguinhos gaúchos - gostam mesmo é de churrasco! Nada melhor do que almoçar na "Parrilla (churrascaria) Argentina":


Depois que eu bati essa foto, uma segurança do Shopping veio me chamar atenção, advertindo que não era permitido fotografar as áreas comerciais, uahuah...

Depois do almoço, descansamos na parte externa superior do "Alto Palermo", onde dá para ter uma visão privilegiada cidade de Buenos Aires. Mais tarde, pegaríamos um metrô em direção à Praça de Maio. Iríamos repetir o trajeto do dia anterior! (já que dessa vez tínhamos câmera e podíamos registrar o que víamos durante nossa viagem)

Nota: Uma grata surpresa que tivemos durante nosso passeio no "Alto Palermo" foi descobrirmos uma grande variedade de livros brasileiros em uma livraria do Shopping. Encontramos desde de autores mais célebres - "como Machado de Assis, Paulo Coelho, Graciliano Ramos, José Lins do Rego" - autores menos conhecidos - "como Fernando Morais ou Rubem Fonseca" - a até mesmo autores que nem mesmo deveriam ser citados, como "Sarney" - e o seu livro de gosto duvidoso "O dono do Mar"(...anhão rs)